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DESLOCAMENTOS é ação do projeto OCUPAÇÃO, idealizado pelo artista e Babalorixá Kabila Aruanda, em que um coletivo realiza uma performance que “desloca” a diversidade presente na indumentária dos orixás, de um espaço (ritualístico) para “outro” espaço (em construção) e, "desloca" a expressão artística presente no ritual para fora dele, preservando elementos do sagrado na arte e desassociando-os do culto religioso. 
A proposta tem como objetivo a cocriação e inter-relação na multiplicação das ações em outros territórios e é aberta a participantes interessados.

 
VISTA SUA EXISTÊNCIA| OCUPAÇÃO PORTUGAL, desloca a artista da UAP, Simone Donatelli (Cotia, Brasil) afim de explorar a criação artística em outros contextos; cultural, histórico, e da paisagem, em atividades de performances e ensaios fotográficos relacionáveis ao universo dos orixás. A partir da diversidade encontrada nos mitos primitivos africanos dos Orixás e de nossa identidade tão diversa, imagens poéticas são fotografadas em consonância ao mundo dos orixás, envolvendo o corpo, a identidade e a singularidade de cada participante permitindo a aproximação do nosso imaginário em relação ao corpo e sua representação, frente à possibilidade de viver uma experiência de exploração de sua auto-imagem.

experiência atual - ABRIL/AGOSTO 2017

DESLOCAMENTOS UAP | VISTA SUA EXISTÊNCIA | residências artísticas | workshops

fotografia + figurino + performance

A primeira residência artística aconteceu em Montemor o novo, na Oficina do Convento (fotos abaixo - as imagens das outras podem ser vistas noutras abas). O convento de São Francisco é do século XV, fachada alterada no século XVII, e fica no distrito de Évora, em Portugal. Foi ativado em 1998 pela Oficinas do Convento – Associação Cultural de Arte e Comunicação, uma associação cultural que viabiliza projeto de artistas, fornecendo alojamento, salas de oficinas, ateliês, cantina e produção. Fui muito bem recebida e o modo de vida na OC é parecido com o da UAP. Apaixonei-me pelo local. O processo foi difícil e dolorido, e não consegui a aproximação desejada com a comunidade local. No entanto, não poderia ser diferente, já que era meu primeiro passo em um novo mundo e um novo tempo e havia de completar meus desapegos. Meu trabalho é autobiográfico e faz parte doa incômoda questão de "onde colocar minha dor". Quem me acolheu e vestiu comigo sua existência foi a adorável e disponível Nélia Marques. Sou muito grata, a experiência foi sensacional!

 

Ao me mudar para uma casa no tempo com duas malas de 32 kg, estive descompassada com as horas. Não que me incomode, pois sou livre. Destaco pois sinto parte do meu processo de "residência artística". Quinze dias em Montemor foi muito tempo pra pensar, eu desejava interagir e decidi morar em Lisboa, linda de se ver e boa de se viver. Logo em seguida, fui para a residência em Paris por oito dias, também muito tempo dentro do meu tempo interno, e onde mais uma pessoa ousou vestir sua existência comigo, a incrível Paula VDb. Foi também um processo difícil mas sobrevivi e transformei, considero a mais catártica das experiências até então.

 

O processo que me levou ao projeto traz à reinvenção de mim, em outro tempo e espaço, e é resultado de uma dor que o vento já levou. A terceira residência foi resultado de uma convocatória do UMCOLETIVO - FESTIVAL ASALTO - Tomada artística da cidade de Elvas (julho/2017)e foi puro prazer e satisfação. Em Elvas existi com a comunidade; treze participantes a vestirem suas existências além de 50 participantes nos workshops. Foi espetacular e precisei de mais tempo, ia ficar oito dias e fiquei quinze.

Existir. Evoluir. Tudo é possível para quem é livre!  

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